Inspirada no Clean Up Day, evento mundial dedicado a um mundo sem lixo, a ação ocorrerá em 11 praias e rios do Rio de Janeiro, Região Metropolitana e Norte Fluminense
Um dos principais cartões-postais do Brasil, a Baía de Guanabara, receberá no dia 06 de abril uma grande ação de limpeza. O Clean Up Bay – Dia de Limpeza da Baía de Guanabara — será realizado a partir das 9h, em São Gonçalo (Praia das Pedrinhas e da Luz), Niterói (Praias de Icaraí, Charitas e do Sossego), Rio de Janeiro (Praia da Urca) e Cachoeiras de Macacu (Poço do Valério). Além disso, outras praias e rios em municípios como Guapimirim, Tanguá e Maricá também serão contempladas por meio de parceiros. A atividade, que reunirá centenas de voluntários, é organizada pela Rede de Conservação Águas da Guanabara (REDAGUA), integrada pelos Projetos Coral Vivo, Guapiaçu, Meros do Brasil e UÇÁ, patrocinados pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
Essa será a terceira edição da operação, que ocorre há três anos consecutivos, e tem como objetivo sensibilizar a população fluminense sobre as consequências do descarte inadequado de resíduos. A ação, que comemora o Dia Mundial da Água, ocorreria no dia 23 de março, porém foi adiada devido às fortes chuvas que atingiram o estado do Rio de Janeiro.
A atividade abrange duas fases: coleta e triagem. O material recolhido passará por classificação, registro e pesagem. Todos os voluntários inscritos no Clean Up Bay foram convidados a participar de uma capacitação on-line em 21/03. A Formação de Lideranças para Limpeza de Praias e outros Ambientes, que também foi oferecida por prefeituras parceiras, forneceu orientações sobre a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a extensão da área de atuação, a dinâmica da atividade e demais preparativos para o evento ou para a organização de limpezas nas comunidades dos participantes.
Um dos símbolos mais icônicos e belos do Rio de Janeiro, que encanta o mundo inteiro, a Baía de Guanabara, poderia proporcionar aos fluminenses uma maior qualidade de vida (por meio do lazer e esporte, por exemplo) e econômica (através da exploração de atividades turísticas e pesca sustentável), entre outras. No entanto, a poluição acaba afastando e desencorajando muitos moradores e turistas. Diariamente, esse estuário recebe cerca de 100 toneladas de lixo, segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
“A participação nas ações de limpeza costeira é uma resposta à pergunta frequente: ‘O que posso fazer pela Baía de Guanabara?’. O descarte inadequado de resíduos é um dos principais impactos na bacia hidrográfica. Juntos, os projetos da REDAGUA convocam voluntários, poder público e sociedade civil organizada para criar um dia de limpeza, pois ao agirmos localmente, causamos impacto global. Estamos juntos nisso. Individualmente, cada um pode fazer a diferença e, juntos, temos o poder de ver a Baía limpa e ser parte da mudança”, explica a oceanógrafa e consultora da REDAGUA, Andie Maral.
Por meio do linktr.ee/projeto_uca e das redes sociais do Projeto UÇÁ é possível encontrar informações detalhadas sobre a ação de limpeza, na qual estão todos convidados a participar. Mesmo quem não se inscreveu para a formação, poderá se juntar às atividades no dia do evento, quando também serão dadas instruções aos participantes pelos organizadores.
Municípios do Subcomitê Leste da Baía de Guanabara aderem ao Dia de Limpeza
Inspirado no Clean Up Day, evento global anual dedicado a um mundo sem lixo, o Clean Up Bay está intensificando suas operações em colaboração com os municípios do Subcomitê Leste da Baía de Guanabara. Essa iniciativa, focada na coleta, triagem e destinação adequada de resíduos na Baía de Guanabara, visa sensibilizar a população sobre a importância da conservação ambiental.
Desde 2022, mais de 2,5 toneladas de resíduos foram coletadas durante o evento, contando com a participação de mais de 446 voluntários em apenas duas horas de coleta. “Esta iniciativa de conscientização se complementa com nossas campanhas regulares de limpeza durante o período de defeso do caranguejo-uçá, conhecidas como ‘Operação LimpaOca’, proporcionando não apenas uma Baía mais limpa, mas também uma fonte adicional de renda para os povos tradicionais que dependem dela. A ONG Guardiões do Mar já alcançou a impressionante marca de 63 toneladas de lixo retiradas de 50 hectares deste ecossistema. Os impactos são tangíveis tanto no âmbito social quanto econômico, promovendo mudanças positivas de curto e longo prazo”, explica Juliana Assis, bióloga marinha e coordenadora de pesquisa do Projeto UÇÁ.
Os resíduos plásticos têm sido a maior parte do montante coletado em edições anteriores, representando uma séria ameaça à biodiversidade, à saúde humana e à economia local. Enquanto as iniciativas de limpeza e monitoramento desempenham um papel fundamental na sensibilização da população, o foco agora se volta para o Poder Público da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara. Muitas áreas enfrentam dificuldades no acesso ao saneamento básico, resultando em uma cobertura desigual do tratamento de esgoto em diferentes territórios. Iniciativas como o Clean Up Bay para ampliação da caracterização dos resíduos, sensibilizam e dão visibilidade ao território da bacia contribuinte da Baía de Guanabara.
Neste ano, para reforçar a agenda ambiental, o Clean Up Bay conta com o apoio dos municípios que integram a região leste do Comitê de Bacia da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara e dos Sistemas Lagunares de Maricá e Jacarepaguá (CBH Baía de Guanabara). Esta parceria tem como objetivo primordial a preservação das águas, dos ambientes costeiros e oceânicos, coincidindo com a celebração dos 18 anos do Comitê.
A colaboração entre os diversos setores é essencial para enfrentar os desafios ambientais da região. “Iniciativas como a limpeza do Rio Soberbo e a participação no Clean Up Bay são essenciais para a preservação dos recursos hídricos e do meio ambiente. A participação da nossa secretaria, em conjunto com os alunos do Ambiente Jovem, reflete o compromisso das comunidades, organizações e governos com a sustentabilidade ambiental e o cumprimento de metas relacionadas à preservação dos recursos naturais e à mitigação das mudanças climáticas”, explica Paula Raissa, Departamento de Educação Ambiental, Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Guapimirim.
Pelo segundo ano, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Praças, Parques e Jardins de Tanguá acredita na importância de participar do Clean Up Bay. “É a oportunidade de sensibilizar o cidadão na proteção dos recursos hídricos através do seu envolvimento no cuidado com o Rio Caceribu, a segunda maior bacia da Baía de Guanabara e a nossa principal fonte de abastecimento, por isso devem ser preservados por todos”, contam Elielson Teixeira e Luciano Silveira, diretores da SEMMA Tanguá.
Além disso, destacamos outros projetos parceiros como o Albatroz, Aruanã, Cavalos Marinhos, Mar de Oportunidades e o Programa de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), todos contando com o apoio da Petrobras. Também contamos com a colaboração de outros parceiros como os Projetos Mangue Doce e Lagoa Viva, a Fundação O Boticário, o Movimento Viva Água Baía de Guanabara, a CCR Barcas, as Secretarias de Meio Ambiente dos Municípios de Guapimirim, Tanguá, Niterói, Maricá, Magé, São Gonçalo, Paraty e a Área de Proteção Ambiental de Guapi-Mirim (ICMBio/MMA).
Sobre a Rede de Conservação Águas da Guanabara (REDAGUA)
A REDAGUA é um esforço conjunto que reúne quatro projetos patrocinados pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental — Coral Vivo, Guapiaçu, Meros do Brasil e UÇÁ. Seu objetivo principal é impulsionar resultados para alcançar melhorias significativas na sociobiodiversidade da região da Baía de Guanabara.
As ações da REDAGUA conectam os diferentes ambientes de atuação dos projetos que a integram. Na porção leste da Baía de Guanabara, o Projeto Guapiaçu desempenha um papel crucial no fortalecimento do ecossistema da bacia hidrográfica Guapi-Macacu. Através de atividades de restauração ecológica, educação ambiental, monitoramento da biodiversidade e reintrodução de fauna, o projeto promove a recuperação ambiental da região. No fundo da Baía, também em sua região leste, o Projeto UÇÁ se destaca na conservação dos manguezais, essenciais para o equilíbrio ecológico da área. Além disso, dissemina conhecimentos fundamentais sobre os ambientes costeiros marinhos, promovendo a conscientização e a preservação desses habitats vitais.
O Projeto Meros do Brasil concentra seus esforços na preservação e recuperação dos meros (Epinephelus itajara), uma espécie ameaçada por capturas ilegais. Esses peixes têm sua fase inicial de vida nos manguezais da Baía e nas áreas de foz de seus rios, destacando a importância da integração entre conservação marinha e costeira. Completando o time, o Projeto Coral Vivo traz à população o conhecimento sobre os diversos e frágeis ambientes coralíneos. Focando nas áreas insulares do entorno da Baía, o projeto contribui para a implementação do Plano de Ação Nacional para Conservação dos Ambientes Coralíneos (PAN Corais), promovendo a proteção e a valorização desses ecossistemas únicos.
Por meio de diversas ações coordenadas e integradas, os projetos da REDAGUA demonstram que a Baía de Guanabara continua viva e resiliente, mostrando o potencial de recuperação e conservação dessa importante região costeira.
Serviço:
Clean Up Bay – Dia de Limpeza da Baía de Guanabara
Data: 06 de abril/2024, às 9h
Locais:
São Gonçalo (Praia das Pedrinhas e da Luz)
Niterói (Praias de Icaraí, Charitas e do Sossego)
Rio de Janeiro (Praia da Urca)
Cachoeiras de Macacu (Poço do Valério)
Maricá (Lagoa do Boqueirão e Recanto)
Tanguá (Rio Caceribu)
Guapimirim (Rio Soberbo)
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